quinta-feira, setembro 15, 2022

A RAÍNHA QUE NUNCA VISITOU ISRAEL


Apesar das suas ligações amistosas com líderes da comunidade judaica, a verdade é que a recém falecida raínha Isabel II nunca teve coragem para visitar Israel. E isso apesar de ter visitado dezenas de países durante o seu longo reinado...

Há de facto um "boicote não oficial" que governa as relações entre Israel e o Reino Unido, uma vez que só em 2018 é que pela primeira vez um membro da realeza britânica se dignou visitar Israel. Foi nesse ano que o "corajoso" príncipe William, herdeiro ao trono, fez uma visita oficial ao estado judaico, terminando assim o pérfido "boicote" da realeza britânica a Israel. 


Já em 1994 o príncipe Filipe havia feito uma visita particular em honra a sua mãe, a princesa Alice da Grécia, cujo corpo foi sepultado no Monte das Oliveiras, em Jerusalém, a capital de Israel. O príncipe Carlos, agora rei Carlos III, visitou também Israel em 1995 e 2016 para assistir aos funerais dos ex-primeiros-ministros Yitzak Rabin e Shimon Peres. Contudo, tais visitas não foram consideradas "oficiais" pela realeza britânica...

Segundo o jornalista Michel Gurfinkiel, "houve períodos prolongados nos quais os governantes britânicos observaram uma atitude fria e morna em relação a Israel, mesmo em alturas em que outros governos demonstravam simpatia e proximidade. Durante os primeiros 40 anos da História de Israel, muitos países evitaram organizar visitas oficiais a Israel, mas essas reservas foram caindo pouco a pouco. Foi por exemplo apenas em 1982 que um presidente francês visitou o país."

A recusa britânica estendeu-se por décadas, tendo desgostado muitos políticos israelitas e membros da comunidade judaica britânica. 

"É muito difícil imaginar o grau de animosidade que pode ter existido na Grã Bretanha contra o novo estado judaico, tanto em círculos da esquerda como da direita. O exército inglês fez rotineiramente planos até 1955 para atacar Israel, ameaçando colocar o país numa nova guerra no Médio Oriente."

"As coisas só começaram a mudar nesse sentido no tempo de Suez, quando Anthony Suez, que sucedeu a Churchill na direcção do governo britânico deu luz verde à cooperação com Israel contra os egípcios."

Apesar desta lamentável realidade, a raínha Isabel II sempre se preocupou em manter boas relações com judeus e com a comunidade judaica na Grã Bretanha, e encontrou-se com muitos dignatários judeus que a visitaram. Ela aceitou também as credenciais dos embaixadores israelitas no Reino Unido. 

A raínha preservou no entanto as suas boas relações com os países árabes, em particular as monarquias árabes que ela não queria ofender. Fala-se que a raínha terá evitado visitar Israel para não desagradar aos "amigos" árabes...

Shalom, Israel!

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