Macron sacudiu ontem o mundo com o seu inqualificável anúncio de que a França iria reconhecer o "estado da Palestina" já no próximo mês de Setembro durante a Assembleia Geral da ONU...
Segundo o que ele ontem escreveu, "devemos construir um estado da Palestina e assegurar que, por meio da sua desmilitarização e reconhecimento por parte de Israel ele venha a contribuir para a segurança de todos no Médio Oriente."
Segundo Macron, "a necessidade urgente actual é de acabar com a guerra em Gaza e salvar a população civil." Muito bem, mas agora pergunto eu: E por que não trata primeiro disso antes de pensar no resto? Qual é a pressa? O que é que está por detrás desta resolução tão apressada? É fácil de entender...
Toda a gente de bom senso e que não sofra de demência sabe muito bem que criar um estado palestiniano lado a lado com Israel só vai aumentar e acrescentar ao problema. É a experiência que o diz, especialmente a partir do 7 de Outubro...
As reacções não se fizeram esperar: enquanto os terroristas do Hamas e da Autoridade Palestiniana juntamente com vários estados árabes aplaudiram esta absurda iniciativa, Israel condenou-a veementemente, afirmando ser "um favor ao Hamas", tendo ainda o presidente norte-americano declarado que tal reconhecimento não teria qualquer valor. Vários países europeus já se "desalinharam" com o presidente Macron, informando não reconhecer um estado que ainda não foi formado. Entre outros, a Alemanha e a Itália estão neste rol. O secretário de estado norte-americano Marco Rubio já veio também condenar esta decisão, afirmando que a mesma "serve a propaganda do Hamas." O embaixador dos EUA em Israel, Mike Huckabee, de forma sarcástica, mas justificada, sugeriu que a França criasse então um estado palestiniano na Riviera francesa...
Vários líderes da direita israelita vieram sarcasticamente agradecer a Macron, alegando que esta será uma óptima oportunidade para anexar oficialmente a Judeia e a Samaria - territórios desde sempre conferidos a Israel. O primeiro-ministro Netanyahu afirmou ainda ontem que tal reconhecimento, "vindo na onda do massacre do 7 de Outubro" irá "premiar o terrorismo, correndo o risco de se criar um outro proxy do Irão."
Numa declaração oficial emitida ontem, Netanyahu vincou que "um estado palestiniano nestas condições seria uma rampa de lançamento para aniquilar Israel - não para viver lado a lado com o país." E acrescentou: "Sejamos claros: os palestinianos não procuram um estado ao lado de Israel. Eles procuram antes um estado no lugar de Israel."
Para o ministro dos Negócios Estrangeiros Gideon Sa'ar, "um estado palestiniano será um estado do Hamas." E questionou ainda a razão desta promessa de Macron ser feita neste preciso momento: "Macron sabe muito bem que estão a prosseguir negociações para um quadro que leve à libertação dos reféns e a um cessar-fogo. Eis a resposta clara: o oposto é o verdadeiro. Tal presente, que o Hamas se apressou a elogiar ontem à noite só levará a que o grupo endureça as suas posições nas negociações. E as consequências serão: o prolongamento da guerra, a continuação dos abusos aos reféns, e também uma extensão do sofrimento da população palestiniana em Gaza."
Toda a liderança política israelita foi unânime na plena condenação desta decisão do presidente francês.
Sabe-se que Macron está a despencar nas sondagens, e, astuto como ele é, tenta desta forma desviar a atenção dos muitos problemas internos que o seu país enfrenta, ainda mais um país onde residem milhões de muçulmanos...
A verdade é que Macron traiu Israel. Mais uma vez colocou-se no lado errado da História. Mas esta traição vai-lhe sair cara...Assim seja.
Shalom, Israel!
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