sexta-feira, fevereiro 03, 2023

EMANUEL MACRON RECEBEU NETANYAHU EM PARIS PARA LHE DAR "RECADOS"...


Convencido de que tem competências para mandar na casa dos outros, o todo-poderoso Emanuel Macron recebeu o actual primeiro-ministro israelita, no palácio Eliseu, Paris, para lhe dizer que Israel se está a afastar do "conceito comum de democracia." A braços com inúmeros problemas no seu próprio país e manifestações diárias contra as suas decisões, Macron deveria ter mais cuidado em atirar pedras ao telhado do vizinho, uma vez que o seu tem muitas telhas de vidro...

As alegadas preocupações de Macron têm a ver com os planos do actual governo de trazer alterações ao actual sistema judicial, algo que tem gerado grandes ondas de contestação em Israel, mas que é realmente um assunto interno do país, com o qual nem Macron nem nenhum outro dirigente político tem a ver.

Para Macron, estas propostas de alteração ao sistema judicial israelita "ameaçam quebrar o poder da suprema corte, o único contra-poder institucional no governo." Macron adiantou ainda que a proposta "abre uma crise sem precedentes desde o nascimento do estado de Israel em 1948."

Segundo várias fontes, Netanyahu terá respondido que a suprema corte tem-se tornado demasiado intrusiva e enfraquecedora do desenvolvimento económico. 

"Israel saiu de um estado de lei para um estado de legisladores" - afirmou Netanyahu, acrescentando desejar restabelecer o equilíbrio entre os ramos existentes em outras democracias. 

Apesar destas divergências, os dois líderes abraçaram-se em público antes de se reunirem durante duas horas no jantar de ontem à noite, em conjunto com os respectivos conselheiros, 8 do lado de Macron e 5 de Netanyahu.

Ambos os líderes concordaram na questão da ameaça iraniana, mas não se conhecem os pormenores dos acordos.

Em relação às alegadas anexações de território "disputado" na Judeia e na Samaria, Netanyahu prometeu a Macron de que não haverá anexações. Apesar disso, o primeiro-ministro afirmou ter "de dar algo" aos membros da sua coligação em termos de assentamentos, ainda que "muito menos" do que os parceiros de coligação desejariam. 

Shalom, Israel!

2 comentários:

Anónimo disse...

Com Emanuel Macron, tudo corre sobre rodas, uma vez que os líderes mundiais percebem que ele nem para a sua casa encontra soluções, quanto mais para os de fora, com os quais ele nada tem ou pode argumentar.
Israel que siga pelo seu caminho, fazendo letra morta desta cambada internacional que não sabe o que diz.

Paulo Helmich disse...

Ninguém liga para os recados de Micron!! Shalom!!