Agora que o presidente norte-americano Donald Trump decidiu corajosamente reconhecer a soberania israelita sobre os bíblicos Montes Golan, actualmente "anexados" por Israel e disputados pela Síria, as atenções e as habituais e doentias condenações mundiais voltaram-se mais uma vez a sua atenção para esta "violação" do direito internacional. Mais do mesmo. Como se Israel já não estivesse habituado a essa hipocrisia da ONU e das nações que, fechando os olhos para as verdadeiras violações cometidas pela Rússia, Irão, Arábia Saudita, etc. etc., fazem constantemente de Israel o bode expiatório dos seus ódios e frustrações.
Os Montes Golan sempre foram território bíblico pertencente ao povo de Israel.
"Depois nos virámos e subimos o caminho de Basã (nos actuais Montes Golan); e Ogue, rei de Basã, nos saiu ao encontro, ele e todo o seu povo, à pela em Edrei. Então Senhor me disse (a Moisés): Não temas, porque a ele e a todo o seu povo e a sua terra dei na tua mão...Nesse tempo tomámos todas as suas cidades; nenhuma cidade houve que lhes não tomássemos: sessenta cidades, toda a região de Argobe, o reino de Ogue, em Basã...Assim, nesse tempo, tomámos a terra das mãos daqueles dois reis dos amorreus, que estavam dalém do Jordão: desde o rio de Arnom até ao Monte Hermon, todas as cidades do planalto (Golan), e todo o Gileade, e todo o Basã..." (Deuteronómio 3:1-10, ênfase minha).
Mais tarde, quando da divisão do território da Terra Prometida pelas 12 tribos de Israel, toda aquela região foi concedida à meia tribo de Manassés (Deuteronómio 3:13; Josué 13:29-31).
A antiga cidade de Golan foi também uma das cidades dos levitas escolhidas como "cidade de refúgio para os homicidas" - conf. Josué 21:27.
Sendo uma região estratégica, foi ao longo dos anos território de muitas batalhas, pelo que nem sempre Israel conseguiu dominar aquela região.
"As batalhas entre os arameus (da antiga Síria) e os israelitas eram dirigidas pelas mesmas considerações geopolíticas dos dias de hoje. Quem quer que controle as terras altas (Golan) tem uma vantagem estratégica" - afirmou o arqueólogo Moshe Kohavi, da Universidade de Tel Aviv.
Foi talvez por esse motivo que o grande rei David terá casado com Maaca, filha do rei de Gesur, que era o nome dado a Golan naquela altura - 2 Samuel 3:3. É que se poderá chamar de "casamento por conveniência política"...
Ao casar com a filha do rei da região dos Golan, cessariam as hostilidades naquela fronteira do território de Israel.
Ao casar com a filha do rei da região dos Golan, cessariam as hostilidades naquela fronteira do território de Israel.
Após o reinado de Salomão, e a divisão de Israel, foram vários os povos que batalharam e controlaram os Montes Golan: os arameus, a Assíria, a Babilónia, a Pérsia, a Grécia, Roma, os árabes muçulmanos, os turcos otomanos, e a França.
Os cristãos árabes estabeleceram o seu próprio reino a leste da Galiléia, como província romana, com capital em Golan entre o ano 250 d.C. até à conquista islâmica no ano 636 d.C.
Nos dias do Messias Jesus (1º século d.C.) a região da Galiléia e os Montes Golan estavam sob o domínio do império romano, sendo governados pelos filhos do rei Herodes, Filipe, e mais tarde o rei Agripa. Tendo capturado esta região no ano 63 a.C., os romanos tornaram-na acessível tanto a judeus como a gentios.
Apesar de Jesus ter centralizado o Seu ministério em Cafarnaum, Ele atravessou muitas vezes o lago para "o outro lado", exactamente para os Montes Golan. Foi exactamente na região dos Golan que Ele expulsou 2 mil demónios de um homem que vivia na "terra dos gadarenos", ou seja, Gádara, nos actuais Montes Golan. Foi também no ponto mais a Norte dos Montes Golan, a antiga Cesaréia Filipe, que o Messias Jesus foi confessado pelo apóstolo Pedro como "o Messias" (Marcos 8:29).
Foi também na região dos Golan que Jesus alimentou 5.000 homens com 5 pães e 2 peixes, e onde passou noites em oração (Mateus 14).
CUMPRIMENTO DE UMA PROFECIA COM 800 ANOS
Jesus não só visitou a região dos Golan por compaixão dos seus habitantes, que curou e abençoou, mas também para cumprir uma antiga profecia dos dias de Isaías, proferida num tempo em que a Síria dominava toda aquela região.
"...nos últimos (tempos) tornará glorioso o caminho do mar (Via Maris), além do Jordão, Galiléia dos gentios" (Isaías 9:1). Que Jesus cumpriu essa profecia durante o Seu ministério não há quaisquer dúvidas, uma vez que o evangelista Mateus confirma que o ministério do Messias Jesus por aquelas paragens era o cumprimento da profecia de Isaías: "...para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Terra de Zebulom, terra de Naftali, caminho do mar, além do Jordão, Galiléia dos gentios!" (Mateus 4:14-15). "E a Sua fama correu por toda a Síria...e da Galiléia, Decápolis, Jerusalém, Judéia e dalém do Jordão numerosas multidões O seguiam." (Mateus 4:24-25).
No ano 1229 d.C. os cruzados construíram no sopé dos Montes Hermon o "castelo do grande penhasco". conhecido mais tarde como "fortaleza de Nimrode", de forma a protegerem o acesso vital a Damasco dos exércitos invasores.
OS MONTES GOLAN E OS JUDEUS
Vários judeus e organizações judaicas compraram terras nos Golan e tentaram trabalhar nelas durante a viragem do século 19 para o 20, porém, os turcos otomanos, que controlavam os Golan desde 1517 tornaram a vida praticamente impossível para aqueles judeus, até que a França tomou o controle daquela região no ano de 1918.
Em 1946, a França entregou os Montes Golan à Síria, uma nação que tinha acabado de receber a sua independência da França.
Inimiga cruel de Israel, a Síria nunca foi boa vizinha do estado judaico, passando a bombardear sistematicamente as posições e aldeias judaicas junto ao lago da Galiléia a partir das suas posições nos Montes Golan.
Ajudada pela Síria, a organização terrorista Fatah, comandada pela OLP do cruel terrorista Yasser Arafat foi-se instalando nos Montes Golan, de onde, e a partir dessa posição tão estratégica, foi atacando civis e militares israelitas.
Tendo sido atacado a Norte pela Síria durante a Guerra dos Seis Dias, em que várias nações árabes tentaram varrer Israel do mapa, Israel não só derrotou todos esses numerosos exércitos inimigos, como avançou em várias direcções, conquistando os Montes Golan, chegando até perto de Damasco, no Norte, e conquistando toda a península do Sinai, esta última entregue ao Egipto como parte do acordo de paz estabelecido com aquele país.
VISTA DOS MONTES HERMON A PARTIR DOS GOLAN |
Durante a Guerra do Yom Kippur, em Outubro de 1973, a Síria tentou reaver aquela região, avançando de surpresa pelo território adentro, tendo-se travado uma intensa batalha de tanques com Israel, que os judeus quase perderam, mas que conseguiram vencer após 3 semanas de intensas lutas, voltando a "empurrar" os sírios para as anteriores fronteiras.
Entregar os estratégicos montes com 1.200 quilómetros quadrados ao inimigo sírio, como a comunidade internacional quer forçar Israel a fazer, seria convidar a Síria, o Hezbollah e o Irão a destruírem Israel por completo.
Só um louco pensaria numa coisa dessas...
Para além da Síria, outras 15 nações árabes e muçulmanas apelam à destruição do estado de Israel. Ceder os Montes Golan aos sírios seria abrir a porta aos inimigos para invadirem e aniquilarem o estado judaico. É isso que infelizmente a ONU não entende...
Actualmente vivem nos Montes Golan cerca de 40.000 pessoas, das quais cerca de metade são drusos, que convivem pacificamente com os judeus e são leais ao estado de Israel.
A maior cidade é Katrin, com uma população de cerca de 7 mil judeus. Ao todo, existem nos Golan cerca de 32 cidades e explorações agrícolas judaicas.
As populações dos Golan vivem em relativa tranquilidade numa região fértil, próspera, bela e repleta de vida selvagem e abundância de água. É dos Golan que fluem muitos cursos de água que abastecem o Rio Jordão e suprem cerca de um terço das necessidades de água de todo o país.
Preservar os Golan é assim, não só uma questão de suprema necessidade para a segurança e o bem estar de Israel, mas é também manter em boas mãos a Terra que Deus prometeu a Abraão e à sua posteridade para sempre.
Shalom, Israel!
3 comentários:
Colinas de Gola pertence ao povo de Israel
Tudo certo para Cristo e seus anjos voltarem!SHALOM ISRAEL
Minha preocupação é justamente essa: Terão os partidos mais à esquerda, dentro do Parlamento, A NOÇÃO de que os montes Golan são INEGOCIÁVEIS, caso algum dia chegarem ao Poder em Israel? A preservação dos Golan é, como bem diz o articulista, questão CRUCIAL à segurança e à própria sobrevivência do Estado de Israel!!!
Shalom!
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