Passou despercebida aos olhos de muitos a visita feita ontem por altos representantes do Vaticano à mesquita de al-Aqsa, no Monte do Templo de Jerusalém, porém não ignorada por aqueles que estão permanente de olho no desenrolar profético e escatológico dos acontecimentos envolvendo toda a região do Médio Oriente, com especial foco em Jerusalém.
Nada acontece sem um propósito e muito menos sem um significado, pelo que esta visita de Leonardo Sandri, actual cardeal para as igrejas orientais, e de Francesco Patton ao terceiro lugar mais sagrado do Islão representa de forma clara uma ainda maior aproximação da cúria romana aos inimigos de Israel, numa altura em que a disputa pelo domínio do Monte do Templo se tem feito notar de forma bem clara.
A delegação do Vaticano foi recebida de braços abertos pelo director-geral do departamento da Waqf de Jerusalém, o sheik Azzam Khatib, por membros do conselho do Waqf e por vários líderes palestinianos.
Uma mensagem com 7 pontos reafirmou a ligação dos participantes ao "pacto Omari", em apoio à custódia hashemita do rei Abdulah da Jordânia aos lugares sagrados muçulmanos e cristãos, a rejeição das tentativas de alteração do status quo, e o lamentar pelos períodos violentos de agressões contra os lugares sagrados e a fiéis inocentes.
"SOLUÇÃO DOIS ESTADOS COM JERUSALÉM COMO CAPITAL DA 'PALESTINA'"
A declaração inclui também a afirmação de que "não há alternativa à solução de 2 estados, com Jerusalém oriental como capital de um estado palestiniano, segundo a lei internacional."
Segundo o responsável palestiniano Wasfi Kallani, "Esta visita de alto nível à al-Aqsa e as palavras de solidariedade e de apoio são um verdadeiro reflexo dos 1.400 anos de coexistência muçulmana-cristã na cidade santa de Jerusalém."
Para os líderes muçulmanos presentes no local, "esta visita à al-Aqsa traz um significado valioso à importância da coexistência de cristãos e de muçulmanos na nossa pátria Palestina."
Para estes indivíduos, Israel não existe no mapa deles, muito menos os judeus têm qualquer tipo de soberania sobre o Monte do Templo, o lugar mais sagrado para os judeus. Até quando?
Shalom, Israel!
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