ISRAEL E MARROCOS VÃO NORMALIZAR AS RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS

 

Marrocos será o 4º país árabe a estabelecer relações normais com Israel nestes últimos meses. Graças à intervenção e mediação do presidente norte-americano Donald Trump, o rei de Marrocos aceitou normalizar as relações do seu país com o estado judaico, em troca do reconhecimento norte-americano do Saara Ocidental como parte do território marroquino.

Espera-se para breve a troca de escritórios nos dois países e o início de voos directos entre os mesmos.

Ao contrário dos outros países árabes com quem Israel normalizou recentemente as suas relações políticas, Marrocos tem uma longa tradição judaica de relacionamento com o povo judeu. Apesar de pequena, a comunidade judaica em Marrocos é vibrante e produtiva.

Os primeiros judeus foram para Marrocos há 2 mil anos, com a destruição do Segundo Templo, chegando a comunidade a contar com cerca de 250.000 judeus nos anos 40 do século passado, quando o sultão Maomé V resistiu à pressão nazi para expulsar os judeus. Com a independência do estado de Israel, a população judaica caiu para uns 2 ou 3 mil elementos, mas há actualmente centenas de milhares de judeus que se orgulham de ter raízes marroquinas. 

Apesar de muitos israelitas já visitarem Marrocos através de um país terceiro, espera-se que com o início dos voos directos esse número aumente substancialmente. 

Netanyahu saudou esse passo importante para o entendimento dos dois povos: "Toda a gente sabe da tremenda amizade demonstrada pelos reis e pelo povo de Marrocos para com a comunidade judaica lá existente. E centenas de milhares desses judeus marroquinos vieram para Israel, formando agora uma ponte humana entre os nossos dois países e povos, com simpatia, respeito e amor mútuos."

Shalom, Israel!