segunda-feira, janeiro 13, 2025

ACORDO PODE ESTAR POR HORAS


Nestas alturas que antecedem a aceitação de um acordo não faltam as informações e as contra-informações, as alegações e os desmentidos. As últimas horas dão contudo a entender que deverá estar muito próximo um entendimento entre a delegação israelita e os responsáveis do Hamas presentes desde há dias em Doha, capital do Qatar para tentarem chegar a uma solução que leve à libertação do reféns há mais de um ano sequestrados pelo Hamas em Gaza.

Nem todos em Israel aprovam este acordo, uma vez que levará à libertação de centenas de criminosos palestinianos das prisões israelitas e à possibilidade de o grupo terrorista do Hamas ainda poder se reorganizar, apesar de bastante debilitado. Um dos mais proeminentes rabis de Israel já veio afirmar que "não haverá paz", apelando a que haja uma mobilização contra o acordo. Outro há que colocam a integridade da nação à frente da vida dos reféns. Mas o consenso geral é a favor da assinatura do acordo que permita de uma vez por todas a libertação dos reféns e o fim da guerra com o Hamas.

O Directório do Gabinete Ministerial para os Reféns já informou estar preparado para a chegada dos reféns e respectivos procedimentos.

Soube-se há pouco através de um canal israelita que Israel enviou ao Hamas uma lista com os nomes de centenas de prisioneiros a libertar no acordo em discussão. Alguns deles estão com penas de prisão perpétua, sabendo-se no entanto que Marwam Barghouti, o líder da Intifada preso em Israel, não faz parte dessa lista. 

ACORDO À VISTA

Esta manhã o presidente Biden, num telefonema com o emir do Qatar, confirmou que o acordo está à beira de ser firmado entre as duas partes em conflito. O conselheiro para a segurança nacional dos EUA, Jack Sullivan, declarou há pouco que "há uma possibilidade distinta" de o acordo ser firmado ainda esta semana. 

Entretanto, um canal israelita afirmou estar tarde que o Hamas tinha confirmado a aceitação do acordo, no entanto tal afirmação foi pouco depois desmentida por Israel. O que se sabe é que foi dado ao Hamas o prazo da meia-noite de hoje para dar a resposta final à proposta. 


A ameaça do presidente Trump de "criar um inferno" em Gaza se o Hamas não libertar os reféns até à sua tomada de posse parece estar a acelerar o processo. 

O Hamas parece ter entretanto entregue aos mediadores uma lista com os nomes dos reféns a libertar,. conforme exigência de Israel, tendo essa lista sido já vista pela delegação israelita. Segundo consta, a lista contém os nomes de 34 reféns vivos, incluindo mulheres, crianças, idosos e homens doentes a serem libertos durante o primeiro dos 42 dias da primeira fase do acordo. A libertação iniciar-se-ia uma semana após a assinatura do acordo. A segunda fase do acordo começaria a ser discutida 16 dias após o início do cessar-fogo, com a libertação dos homens abaixo dos 50 anos. Segundo parece, a terminologia até agora exigida pelo Hamas "fim da guerra" foi substituída pela de "um cessar-fogo permanente."

Um comunicado há pouco divulgado indica que a liderança do Hamas irá reunir-se esta noite para discutir o acordo, adiantando que a resposta será "positiva" desde que não haja comprometimento naquilo que o grupo denomina como "pontos fundamentais."


Deus queira que se chegue a um rápido acordo, permitindo a libertação de todos os reféns e o fim das hostilidades que só trazem desgraça e sofrimento a ambas as partes em conflito.

Shalom, Israel!

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