Numa assinalável entrevista concedida há poucos dias ao jornal israelita "Israel Hayom", o candidato a primeiro-ministro da Itália Matteo Salvini, actual líder do partido de direita "Liga do Norte", afirmou peremptoriamente o seu apoio a Israel, o seu repúdio ao antissemitismo, segundo ele atribuído aos muçulmanos que invadiram a Europa, e o seu "absoluto" reconhecimento de Jerusalém como capital do estado de Israel.
Segundo as mais recentes sondagens, se as eleições parlamentares fosse realizadas hoje na Itália, Salvini ganharia a liderança do país sem qualquer dificuldade.
Salvini queixa-se da grande perseguição política a que tem estado sujeito pelas forças de esquerda, especificamente devido à sua política anti-imigratória, comparando-se neste assunto a Donald Trump e a Benjamin Netanyahu.
A entrevista é longa, mas de tão interessante que é, não posso deixar de assinalar algumas das mais marcantes afirmações deste provável próximo primeiro-ministro da Itália:
RECRUDESCIMENTO DO ANTISSEMITISMO NA EUROPA
Respondendo à questão sobre o porquê deste recrudescimento na Europa, Salvini atribuiu as culpas ao fortalecimento do extremismo e fanatismo islâmico nos últimos anos. "Mais importante ainda, é que está ligado ao facto de alguns académicos e a mídia estarem mobilizados contra Israel, criando ódio a Israel de forma a justificarem o antissemitismo. Existe, obviamente, antissemitismo em alguns pequenos grupos minoritários: nazis e comunistas. Mas a actual presença massiva na Europa de emigrantes vindos de países muçulmanos, muitos dos quais fanáticos que recebem o total apoio de certos intelectuais, está espalhando o antissemitismo também na Itália."
ANTISSEMITISMO DA EXTREMA DIREITA E DA EXTREMA ESQUERDA
"Há antissemitismo da extrema direita, e há antissemitismo na extrema esquerda, ambos institucionalizados. Pensemos no Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista Britânico, ou nos activistas de esquerda na Alemanha, que não queriam ser como os nazis, mas que acabaram boicotando os produtos israelitas. Estou no entanto convencido que o elevado número de muçulmanos na Europa é a causa principal do actual antissemitismo."
SOBRE A RECENTE ADESÃO DA ITÁLIA À DEFINIÇÃO INTERNACIONAL DO ANTISSEMITISMO
Para Salvini, é muito importante que o seu país tenha também recentemente aderido à definição internacional do antissemitismo: "É importante, para pôr um stop à hipocrisia dos partidos de esquerda que estão falando acerca de boicotarem Israel. É que entre os partidos com assento parlamentar (na Itália), há apoiantes do estado da Palestina, da Venezuela e do Irão. A definição irá agora clarificar as suas posições, como a que tem a ver com o BDS (boicote aos produtos israelitas). Existem aqueles que lutam por um estado palestiniano, mas que negam a auto-determinação aos judeus. Esta contradição é baseada na hipocrisia. A Itália foi demasiado lenta na adopção desta definição internacional."
O ÓDIO A ISRAEL COMO "CRIME PERIGOSO"
"Estive 9 anos no parlamento europeu, e posso afirmar que as instituições europeias - já para não falar das instituições da ONU - não são amigas de Israel. O parlamento europeu tem hoje uma maioria que não é amiga de Israel. Acredito por isso que não devemos focalizar-nos nessas instituições, mas antes nas próximas gerações. Aqueles que querem apagar do mapa o estado de Israel têm que saber que encontrarão em nós um inimigo. Israel é um aliado. Isso deveria ser ensinado nas escolas e nas universidades."
RECONHECIMENTO DE JERUSALÉM COMO CAPITAL DE ISRAEL
À pergunta sobre se ao ser eleito como primeiro-ministro, a Itália reconheceria Jerusalém como capital de Israel, a resposta foi pronta e clara:
"Sim. Absolutamente."
Deus abençoe este homem e faça dele um instrumento nas Suas mãos para o cumprimento dos Seus desígnios!
Shalom, Israel!
2 comentários:
Ele falou bem: há nações que querem tirar Israel do mapa, querem a aniquilação, o extermínio do povo de Israel... E infelizmente há muitos na Europa que estão a ajudar essas nações a, quem sabe, conseguirem seu objetivo...
ele vai ganhar
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