Seguindo a sua costumeira atitude de rejeitar tudo que signifique um compromisso sério para a paz, os palestinianos já informaram que rejeitam e por conseguinte não estarão presentes na "Cimeira Económica para a Paz" a organizar pelos Estados Unidos no Barhain como "arranque" do conhecido e esperado "Acordo do Século", o acordo de paz preparado e a propôr em breve pela administração de Donald Trump.
A conferência vai ser realizada no reino do Barhain, um arquipélago situado no Golfo Pérsico, entre os próximos dias 25 e 26 de Junho, está sendo organizada em parceria com os EUA e irá centralizar-se nas questões económicas do tão esperado "plano de paz", que alegadamente visam a prosperidade dos palestinianos.
Os palestinianos alegam que não foram consultados e que nenhum partido foi nomeado para negociar em representação dos palestinianos.
Um dos responsáveis da administração norte-americana falou aos repórteres presentes ontem em Washington que estão sendo enviados convites para a conferência a individualidades dos EUA, Europa, Golfo pérsico, o "alargado" mundo árabe e a alguns empresários palestinianos.
Não se sabe ainda se a Autoridade Palestiniana recebeu algum convite. De qualquer forma, o ministro palestiniano Ahmed Majdalani já informou a Reuters de que os palestinianos não enviariam nenhum representante.
"Não haverá participação palestiniana na cimeira de Manama" - informou o ministro, acrescentando: "Qualquer palestiniano que participe não será mais do que um colaborador dos EUA e de Israel."
Ainda que não haja confirmação oficial por parte de Israel, alguma da imprensa israelita tem estado hoje a informar que uma delegação israelita liderada pelo ministro das Finanças Moshe Kahlon deverá também receber um convite - uma medida que marcaria um passo na direcção da normalização das relações entre o governo de Jerusalém e o Barhain.
PARA BENEFÍCIO DOS PALESTINIANOS...
Mesmo com a rejeição dos líderes palestinianos, a verdade é que esta cimeira tem como objectivo melhorar a condição dos mesmos. O plano incluído no "acordo do século" visiona investimentos e infra-estruturas de larga escala por parte de vários estados árabes nos territórios palestinianos.
A cimeira não irá no entanto abordar as questões mais importantes: as políticas que estão no epicentro do conflito, tais como: as fronteiras definitivas, o estatuto de Jerusalém, o destino dos refugiados palestinianos e as exigências de segurança por parte de Israel.
Os palestinianos cortaram as relações oficiais com os EUA já no ano passado, após a mudança da embaixada norte-americana para a capital Jerusalém, e têm expressado receios de que os norte-americanos os tentem "comprar" através de grandes quantidades de dinheiro em troca do congelamento das suas ambições de um estado independente.
Para os palestinianos, "as tentativas para a promoção da normalização económica da ocupação israelita da Palestina serão rejeitadas" - afirmou esta tarde o líder palestiniano Erekat, acrescentando: "Não se trata de melhorar as condições de vida sob a ocupação, mas antes como alcançar o potencial pleno palestiniano, acabando com a ocupação israelita."
Para esta gente, qualquer plano que não inclua uma solução política (obviamente a favor deles) irá falhar e não conduzirá à paz.
Esta gente palestiniana, nem sequer conhece os pormenores do tão esperado plano, e já o rejeita à partida. O habitual. Desde 1947 que assim é, e sempre será. Está-lhes no ADN: ou tudo, ou nada...
Shalom, Israel!
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