Segundo as IDF, a guerra em Gaza não vai durar para sempre. Por outro lado, os militares alegam que estão "aproveitando cada minuto" até que seja atingido um potencial acordo para a libertação dos reféns, estando preparados para lidar com as consequências de um cessar fogo com o Hamas, que poderá envolver a obrigação de uma retirada completa das forças militares israelitas de toda a Faixa de Gaza.
Independentemente de um acordo, prosseguirão por tempo prologado operações de baixa intensidade contra o grupo terrorista, mas já há um final à vista, à medida que os militares estão a observar as dificuldades do Hamas em retaliar.
Nestes últimos meses as IDF têm estado a ver cada vez mais operacionais e comandantes do Hamas a abandonarem as suas tocas - entenda-se: os túneis onde se esconderam em Gaza - estando a transferir os centros de comando e de organização e até de preparação de armamento dentro de zonas civis. Prova disso é que nestas últimas semanas, mais de 50 ataques aéreos foram efectuados contra posições do Hamas inseridas dentro de escolas, hospitais e outros sítios civis utilizados como abrigos pelas populações civis de Gaza. Segundo as averiguações dos militares, os operacionais do Hamas estão a ter dificuldade em permanecer dentro de túneis por tão longo tempo - nove meses desde o início da guerra - estando por isso a deslocar-se para outros locais à superfície no meio das populações civis palestinianas.
As IDF também estão a reconhecer que o Hamas está com a moral em baixo, à medida que os combates prosseguem, e milhares têm estado a fugir aos combates, preferindo não lutar.
Por outro lado, o grupo terrorista está a ficar sem munições. As IDF encontraram recentemente um documento apanhado aos terroristas em que estava alistado o inventário actual do batalhão de Shejaiya, segundo o qual o mesmo já tinha perdido cerca de dois terços dos seus elementos e estava com falta de RPGs, espingardas de assalto e explosivos.
"EM MODO DE SOBREVIVÊNCIA"
As IDF descreveram o actual estado dos terroristas do Hamas como estando nestes últimos meses em "modo de sobrevivência", nada comparado a como se encontrava no 7 de Outubro. Mesmo assim, as IDF também reconhecem que o Hamas mantém capacidades para atacar tropas em Gaza e lançar rockets contra Israel, incluindo a longas distâncias.
As IDF também acreditam que o Hamas já não dispõe de grandes capacidades para a produção de rockets, visto que as principais fábricas têm sido destruídas nos ataques. O grupo terrorista pode ainda produzir algum armamento, embora com qualidade muito inferior e reduzida. Os militares israelitas têm estado a acompanhar essas tentativas, tendo já atacado novas plantas de produção de armas. Numa operação recente, comandos israelitas atacaram uma base da UNRWA na cidade de Gaza após indicações recebidas de que o Hamas estava a construir drones explosivos para serem lançados contra os militares. Ainda em instalações da UNRWA, as IDF alegam ter encontrado evidências do recrutamento de novos operacionais pelo Hamas. Os militares acreditam que esses novos recrutas têm muito menos qualidade do que os actuais operacionais.
Segundo as conclusões das IDF, conquanto o Hamas tenha perdido alguns comandantes durante os combates, ainda se mantêm uma mão cheia deles, incluindo os comandantes das brigadas de Rafah e de Gaza City, para além do cabeça da inteligência do grupo.
As IDF estão a esforçar-se por liquidar os comandantes do topo da organização terrorista, bem como membros do grupo considerados como "fontes de conhecimento" nos campos da engenharia, química e electrónica, os quais poderiam contribuir para a reconstrução do grupo.
Nestas duas últimas semanas mais de 1.000 terroristas já foram liquidados em toda a Faixa de Gaza.
VÁRIOS MESES PARA DESCOBRIR TODOS OS TÚNEIS
As IDF acreditam que serão necessários muitos mais meses até descobrir todos os túneis usados para contrabandear armamento ao longo da fronteira entre o Egipto e o enclave. 25 desses túneis foram até agora localizados, mas há muitos mais por encontrar.
1 comentário:
Muito bom
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