segunda-feira, março 21, 2022

PRESIDENTE UCRANIANO: "JERUSALÉM É O LOCAL CERTO PARA AS CONVERSAÇÕES DE PAZ"

Depois de ontem ter falado via zoom para parlamentares israelitas e causado um mal estar entre alguns por ter comparado a actual situação na Ucrânia à "solução final" de Hitler, o presidente ucraniano Zelensky abrandou um pouco o seu tom de exigências a Israel, tendo afirmado uma alegada compreensão para com a atitude israelita: "Claro que Israel tem os seus interesses e estratégias para proteger os seus cidadãos. Compreendemos tudo isso."

"O primeiro-ministro de Israel, o sr. Bennett, está tentando encontrar uma forma de se realizarem conversações. E estamos gratos por isso. Agradecemos os seus esforços, portanto mais cedo ou mais tarde começaremos a ter conversações com a Rússia, provavelmente em Jerusalém."

"(Jerusalém) É o local certo para as conversações de paz."

"Os propagandistas russos têm agora uma tarefa dura porque, pela primeira vez na História, um presidente de uma nação estrangeira falou numa gravação de video ao knesset e a toda a nação de Israel...o presidente da Ucrânia, que é acusado de nazismo pelos russos."

O discurso de Zelensky transmitido ontem em Israel foi no entanto bastante cáustico, e mal recebido por variados sectores políticos e públicos. O presidente criticou Israel por não fornecer armas ao seu país, impôr sanções à Rússia e por não abrir mais as portas aos refugiados fugidos do seu país: "Estou certo que sentis a nossa dor, mas podeis explicar por que é que ainda estamos à espera...da vossa ajuda...quando outros países a estão prestando? Porque é que não avança a ajuda israelita, ou até mesmo as permissões de entrada?"

E o presidente acrescentou um tom mais duro: "O que é isso? Indiferença? Cálculo político? Mediação sem escolher lados?" - questionou Zelensky, acrescentando: "Deixo convosco a resposta a essas questões, mas quero salientar que a indiferença mata. Os cálculos podem sair errados. Podeis mediar entre países, mas não entre o bem e o mal."

Este discurso provocou "revolta" em alguns sectores, enquanto em outros gerou apoio ao presidente "deprimido." Vários parlamentares criticaram asperamente a comparação feita por Zelensky entre o Holocausto e a invasão russa da Ucrânia, ao mesmo tempo que parecendo ignorar a cumplicidade de alguns ucranianos com o genocídio liderado pelos nazis. 

Segundo os media israelitas, tando o primeiro-ministro como o ministro das relações exteriores terão ficado "surpreendidos" pela ferocidade do discurso de Zelensky, mas sabe-se por outro lado que Israel não irá alterar a sua política em relação ao assunto. 

Shalom, Israel!

1 comentário:

Victor Nunes disse...

Eis que presto venho: Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro.

Apocalipse 22:7