Neste dia em que se comemoram os 200 anos da extinção de uma das organizações mais sinistras da História - a "Santa" Inquisição Católica - foi assinado um protocolo entre a Câmara Municipal de Lisboa e a Associação Hagadá para a construção de um moderno museu judaico na capital portuguesa.
O museu chamar-se-á "Tikvá"- o Museu Judaico de Lisboa - e contará não só a história da presença judaica em Lisboa, mas também a cultura e as tradições judaicas.
O Museu "Tikvá" - que significa "esperança" em hebraico, vai situar-se em Belém, na Rua das Hortas, frente ao rio Tejo, e terá uma área de cerca de 4 mil metros quadrados. Será concebido pelo arquitecto Daniel Libeskind que desenhou, entre outros, o museu judaico de Berlim, que já tive o privilégio de visitar.
Nas redes sociais, a associação Hagadá explicou que o objectivo do museu é "contar a história da presença dos judeus no território a que hoje chamamos Portugal, nomeadamente Lisboa."
"Não é um museu de judeus, mas sim um museu português que conta uma história específica: a vida dos judeus em Portugal, uma história judaica e portuguesa."
No local para onde o museu estava inicialmente previsto, o bairro de Alfama, irá surgir um espaço de homenagem à comunidade judaica, aberto à cidade como marca de uma Lisboa aberta e tolerante - garantiu o presidente da Câmara Municipal Fernando Medina.
As obras devem começar no primeiro semestre do próximo ano, estando a abertura do museu prevista para 2024. O custo total da obra ainda não é conhecido, mas já há várias doações.
A data não foi certamente escolhida ao acaso. Ninguém conseguirá apagar os hediondos crimes contra os judeus, os protestantes e outros grupos perpetrados pela "Santa Inquisição Católica", mas podemos lembrar a História e aprender com ela a não repetirmos os mesmos erros. E o museu serve exactamente para isso...
Shalom, Israel!
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