sábado, abril 17, 2021

PÓRTICO DO TEMPLO DE BAAL NA SÍRIA VAI SER RECONSTRUÍDO PELOS RUSSOS

O mundialmente conhecido "Arco Triunfal de Palmira", na Síria, destruído quase totalmente pelo Daesh há 6 anos, vai agora ser reconstruído pelos russos. Este arco era o que servia como pórtico de entrada para o antigo templo de Baal.

Um mês depois da visita do chefe da Igreja Católica Romana à antiga Babilónia e Assíria, a notícia agora revelada é a de que os russos irão contribuir para ajudar os sírios a reconstruírem aquele símbolo do paganismo milenar. 

"(Manassés) tornou a edificar os altos que Ezequias, seu pai, tinha destruído, e levantou altares a Baal, e fez um bosque como o que fizera Acabe, rei de Israel, e se inclinou diante de todo o exércitos dos céus, e os serviu." (2 Reis 21.3).

As antigas ruínas de Palmira, a cerca de 200 quilómetros a Norte de Damasco, eram uma grande atracção turística, atraindo 105.000 visitantes por ano até ao início da devastadora guerra civil síria em 2011. Tanto o templo como grande parte da estrutura foram destruídos pelo ISIS em 2015. O Arco Monumental, uma peça central da estrutura que ficou quase completamente destruída, foi erigido durante o tempo do imperador romano Septimus Severus cerca do ano 200 d.C. Calcula-se que só ficaram 30 a 40% das pedras originais do arco.

O sírios já esboçaram os planos para a reconstrução, a qual tem sido atrasada devido à pandemia da covid-19, calculando-se que os estudos para a execução do trabalho fiquem prontos daqui a 6 meses. O trabalho será feito em cooperação entre o Ministério Sírio para a Cultura e a Associação da Indústria da Pedra da Rússia. Outras instituições russas estão envolvidas no projecto, entre as quais o Museu Hermitage em São Petersburgo, e o Instituto da História da Cultura Material da Academia Russa de Ciências. O projecto terá também o auspício da UNESCO. 

O sítio foi um local de passagem vital da famosa "rota da seda". O templo foi erigido no ano 32 d.C. para a adoração ao deus Baal. Os habitantes conhecidos mais antigos da região eram os amorreus, que ali viviam desde o segundo milénio a.C. Existiam ali muitos monumentos, entre os quais o Templo de Baal (ou Bel). O templo agora conhecido foi construído sobre as ruínas de um antigo templo pagão datando do 3º milénio a.C. O templo conhecido, e o mais recente, foi dedicado no ano 32 d.C., e convertido em igreja cristã na época bizantina, tendo partes da estrutura sido adaptadas em 1132 para a construção de uma mesquita, tendo permanecido nesse estado até aos anos 1920. 

O pórtico encontrava-se à entrada do templo utilizado para a adoração de Baal, um deus pagão referido mais de 90 vezes em toda a Bíblia, e também conhecido como Moloque. Baal tornou-se no arquétipo da adoração de ídolos. Os panteístas e deus adeptos adoravam a Mãe Natureza, negando a existência de um Criador. Os adeptos de Baal envolviam-se em orgias bissexuais e sacrificavam bébés, queimando-os vivos. 

ANÚNCIO DA VINDA DO MESSIAS?

Segundo a tradição judaica, o arco de Palmira pode ser aludido como um sinal indicador da era messiânica. Um arco que é continuamente erigido e derrubado está descrito no Talmude. Os discípulos do rabino Yossi, filho de Kisma, questionaram-no, perguntando quando é que o filho de David (o Messias) iria aparecer. Ele respondeu: Temo que me peçais também um sinal. E eles asseguraram-no que não o fariam. Ele então disse-lhes: Quando este portão cair, for reconstruído e novamente derrubado, outra vez reconstruído e derrubado. E antes de ser reconstruído pela terceira vez o Messias surgirá. 

O rabino Shlomo Yitzchaki, um preeminente rabino da época medieval conhecido pelo acrónimo Rashi, explicou essa parte do Talmude, afirmando que o arco descrito pelo rabino Yossi era "um arco romano numa cidade romana." O arco em Palmira era realmente um arco romano de triunfo construído quando Palmira era uma cidade romana. 

Shalom, Israel!

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