segunda-feira, maio 31, 2021

MANTÉM-SE A CONFUSÃO POLÍTICA EM ISRAEL

A proposta feita ontem por Naftali Bennett, líder do partido Yamina de formar um governo de coligação com o partido de Yair Lapid, do partido Yesh Atid, gerou uma verdadeira onda de choque em Israel, fazendo tremer as ambições do actual primeiro-ministro Netanyahu, tanto mais que este se encontra no meio de acusações de corrupção. 

As negociações para a formação do governo que terminará com 12 anos da governação Netanyahu prosseguiram pela noite fora, naquilo que já é denominado como "bloco da mudança", e que incluirá os dois partidos principais da oposição e ainda alguns de menor expressão. Segundo os mentores, estão a ser feitos "significativos progressos" nas conversações que estão ainda a decorrer ao longo do dia de hoje. Sabe-se que têm havido alguns desentendimentos sobre as pastas ministeriais, especificamente a quem elas serão eventualmente atribuídas. Vários partidos exigem lugares de maior responsabilidade nesta coligação que deverá contar com 7 partidos. 

Segundo o acordo da "governação rotativa", Bennett assumiria a liderança como primeiro-ministro até Setembro de 2023, dando depois lugar a Lapid para os meses seguintes. Os partidos que se ajuntarão a esta coligação vêm da direita, do centro e da esquerda, todos eles recusando fazer parte de um governo liderado por Netanyahu. O prazo para comunicar ao presidente a nova formação termina na próxima Quarta-Feira, pelo que cada hora conta, não só para esta nova alternativa, como para o actual primeiro-ministro que se esforça por se agarrar ao poder.

Logo após o anúncio de Bennett ontem à noite, Netanyahu veio criticar publicamente a decisão, acusando o seu rival de ser um "vira casacas" responsável pela "farsa do século." Netanyahu afirmou ainda conseguir formar um governo de direita, minando dessa forma as ambições dos seus rivais. Segundo o actual primeiro-ministro, essa proposta coligação governamental constitui "um perigo para a segurança de Israel."

A verdade é que a situação está muito confusa, e só na Quarta-Feira se confirmarão as novas perspectivas para um novo governo em Israel. Ao fim de 4 eleições, o país bem precisa de estabilidade política...

Shalom, Israel!

1 comentário:

Victor Nunes disse...

complicado isso